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26.4.08

Os Tibiriçá Piratininga

Jorge Tibiriçá
João de Almeida Prado casou-se, pela primeira vez, em 1792 com Anna de Almeida Pedroso. Tiveram 10 filhos, entre eles João Tibiriçá Piratininga. Na verdade João de Almeida Prado Junior, foi o seu primeiro nome. Há duas versões para a opção do Tibiriçá Piratininga - segundo Silva Leme, teria adotado a troca do nome pelo apelido recebido em Coimbra, onde estudou. Outra versão corrente na família é de que os apelidos foram inventados pelo próprio João Tibiriçá, pois queria viver incógnito.
João Tibiriçá nasceu em Sorocaba, em 3 de novembro de 1802, casou-se em 1828 com Maria Antonia de Camargo. Deixou 4 filhos, entre eles um homônimo, João Tibiriçá Piratininga. João Tibiriçá Piratininga, o filho, nasceu em Itu, em 7 de agosto de 1829. Foi membro do Partido Republicano e eleito presidente da Convenção Republicana de Itu no ano de 1873. Morreu em Nice, França, em 1° de dezembro de 1888. Deixou apenas um filho, Jorge Tibiriçá.
Jorge Tibiriçá nasceu em Paris, no ano de 1855, faleceu em São Paulo no dia 29 de setembro de 1928.
Foi o segundo governador de São Paulo, de outubro de 1890 a março de 1891 e, sétimo presidente de 1904 a 1908. Atuou no Senado do Congresso Legislativo de São Paulo entre 1892 e 1924, sendo seu presidente de 1915 a 1924. Em seu último ano de presidente de São Paulo, Jorge Tibiriçá veio a Jaú, no dia 27 de abril, a fim de lançar, “com uma colher de prata”, a pedra fundamental do prédio da atual Delegacia Seccional de Polícia. No próximo domingo o edifício da “Seccional” completará um século de existência. A colher de prata ainda existe.

fontes de pesquisa: Rodrigo Soares Junior, Jorge Tibiriçá e Sua Época, 2 volumes, Companhia Editora Nacional, 1958.
Frederico de Barros Brotero, Descendentes do Ouvidor Lourenço de Almeida Prado, 1938
Polícia Civil do Estado de São Paulo
Pesquisa: L.P.

3 comentários:

Anônimo disse...

Veja abaixo o discurso do DElegado Seccional de Jahu - Neto de João Lázaro de Almeida Prado, sobre o prédio da Polícia Civil, construído graças a Jorge Tibiriçá...

1º Centenário do prédio da Delegacia Seccional de Polícia de Jahu

27-04-2008

Discurso do Delegado Seccional de Polícia e Jahu,
Dr.ANTONIO CARLOS PICCINO FILHO



Prezados Senhores e Senhoras,

Vivemos um momento histórico, por isso traçarei um breve relato da existência da Polícia Civil no Brasil, em São Paulo e em Jahu.

Através do Alvará Régio de 10 de maio de 1808, editado logo após a chegada do Rei D. João VI ao Brasil, instalando-se a Corte no Rio de Janeiro foi criada a Intendência Geral de Polícia do Estado do Brasil, com o objetivo de disciplinar procedimentos da sociedade e coibir atentados, ameaças ou crimes, oferecendo à população um novo padrão de segurança. O Intendente Geral do Brasil dispunha de um representante em cada província, a quem delegara poderes, surgindo assim um novo cargo, o de Delegado, termo pela primeira vez usado no sistema policial brasileiro. A criação da Intendência Geral de Polícia em 1808 é considerada o marco inicial de todas as Policias Civis do Brasil.

O Distrito Policial do Jahu foi criado por ato do Presidente da Província em 12 de dezembro de 1857 e pela Lei Geral nº 48, de 15 de Abril de 1868, há 140 anos portanto, foi criado o Termo Judiciário do Jahu, o que importava também, na criação da Delegacia de Polícia do Jahu, instalada em 18 de junho de1868, tendo como Primeira Autoridades Policial – Delegado nomeado, que era leigo, não bacharéis em direito, ANTONIO DE MORAES NAVARRO.

Por força da Lei nº 979, de 23 de dezembro de 1905, do eminente estadista Presidente JORGE TIBIRIÇÁ, foi instituída a carreira de Delegado de Polícia, exigindo-se doravante a condição de bacharel em Direito, considerada o marco inicial da Polícia Civil de São Paulo.

Segundo explicou-me um dos mais festejados e honrados Delegados de Polícia de Jahu, o Dr. ARI JOSÉ BAUER, o Presidente do Estado de São Paulo, Dr. JORGE TIBIRIÇÁ, era na verdade membro da família ALMEIDA PRADO que comemora em 2008 seus 150 anos em Jahu, embora não assinasse esse sobrenome, sendo filho do ilustre jauense JOÃO DE ALMEIDA PRADO. Pois bem, no último ano de seu mandato como Presidente o Dr. JORGE TIBIRIÇÁ, um visionário excepcional, esteve neste local numa ensolarada manhã de 27 de abril de 1908, há exatos 100 anos, lançando a pedra fundamental deste magnífico edifício que, até hoje, acomoda perfeitamente a Delegacia Seccional de Polícia de Jahu.

Aqui de início funcionavam a Cadeia Pública, no térreo, e Delegacia de Polícia e o Fórum, com Salão do Júri, no andar superior.

Em 15 de agosto de 1953, nas comemorações do 1º Centenário de Jahu, os filhos do insigne Presidente JORGE TIBIRIÇÁ, presentearam a Polícia Civil de Jahu com a colher de prata que serviu-lhe em 1908 para lançar a pedra fundamental deste prédio, preciosidade que mantemos intocada e que hoje exibimos com muito orgulho em nosso saguão de entrada.

Naquela data, o ilustre jauense, Dr. LAUDELINO DE ABREU, então chefe da 3ª Divisão Policial do Estado e professor da Escola de Polícia, proferiu um maravilhoso discurso, do qual tomo a liberdade de reproduzir um pequeno trecho:

“A policia realiza o direito.
O progresso, a evolução material e moral, a civilização, em suma, da gente bandeirante foi possível porque a polícia lhe deu a ordem indispensável à segurança das garantias, sem as quais é incerta a vida e são aniquilados os estímulos para conservá-la. A onda verde das lavouras e das pastagens invadiu montes, planícies e vales fecundando-os, valorizando-os e enriquecendo-os, sob o pálio protetor da policia criada pelo Presidente JORGE TIBIRIÇÁ.
As máquinas das indústrias instalaram-se, fixaram-se e cantaram no chão paulista a alegre e fecunda sinfonia do trabalho, porque a policia de JORGE TIBIRIÇÁ lhes deu a tranqüilidade, a segurança, a paz de que precisam. O comércio estendeu sua rede a todos os recantos do Estado, amparado, garantido pela policia de JORGE TIBIRIÇÁ. As instituições científicas, literárias, religiosas, educativas floresceram ricamente em São Paulo, no ambiente de paz, de serenidade, necessária à meditação e ao estudo, porque a policia de JORGE TIBIRIÇÁ lhes propiciou esse ambiente.
Nós, os Delegados de Polícia de Carreira, criados pelo gênio político do Presidente JORGE TIBIRIÇÁ, fomos, somos e seremos, sempre condição primeira da evolução constante em busca do ideal de perfeição da civilização brasileira na terra paulista. Os Delegados do Presidente JORGE TIBIRIÇÁ terão, sempre, a nobre e alta missão de realizar o direito, que cria e regula a ordem, que é o equilíbrio das atividades dos homens.”

Vejam portanto, Senhores e Senhoras, quanta honra e alegria sinto nesse momento em que posso compartilhar com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo a oportunidade de festejar e homenagear todos os honrados Policiais Civis, que nesses 140 anos vem desempenhando com esmero e competência os atos de Polícia que mantém nossa região como das mais seguras do País.

Muito Obrigado.

Elda Noemí disse...

boa noite...procuro parentes para saber o início da história da minha família...sou da família Pacheco da Silveira, Thomé, Bueno e Tavares da Silva....o avô da minha mãe(Sr.Manuel Bernardes Pacheco)tem participação na construção da Santa Casa da cidade de Jahu....meu email para contato é: cemporcentoelda@yahoo.com.br

agradeço a atenção
Elda

Rubens Janes disse...

Gostaria de saber alguma coisa sobre Ignácia de Almeida Prado que foi casada com Manoel Marques de Marroquis Pimentel. Manoel era filho do alferes José Joaquim Bueno Pimentel, bisavô do meu sogro José Pimentel. Segundo consta: o Capitão João de Almeida Prado fez pedido de sesmaria em 1821 na região de Botucatu, e, talvez Ignácia de Almeida Prado tenha sido filha de Manoel. A sesmaria solicitada por João de Almeida Prado fazia divisa com a sesmaria consedida ao Capitão Antonio de Almeida Leite Penteado, nas imediações do rio Pardo no atual município de Botucatu.
Se alguem puder me ajudar, agradeço.
Meu email:www.rubens.janes@bol.com.br